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Menino Brincando

Fimose. O que é e como tratar

O urologista pediátrico sabe que as crianças têm necessidades originais e especiais. Como tratam de crianças, ele tem uma vantagem distinta de manter um foco pediátrico sobre problemas particulares.
Nossas crianças podem ser acometidas por uma diversidade de pa- tologias urológicas, podendo apresentar-se no período pré-natal ou após o nascimento, algumas de origem congênita e outras adquirida. O urologista pediátrico, após avaliação, definirá se o tratamento será clínico, cirúrgico ou apenas orientação aos pais.

O que é Fimose?
Fimose é a incapacidade de expôr a cabeça (glande) do pênis de- vido a um estreitamento da pele peniana (prepúcio) que recobre o pênis ou devido a aderências da pele a cabeça do pênis. A pele que recobre o pênis tem a função de proteger a glande de traumas e preservar a sensibilidade desta.

Em crianças, nos primeiros anos de vida, o prepúcio só se separa da glande mediante uma leve tração. Manobras de retração tempestiva, além de causar uma grande dor, pode causar fissuras nesta pele e levar ao de- senvolvimento de fimose. Aquelas famosas “massagens” devem ser evita- das.

Quem merece ser tratado de Fimose?
A estética é o menos importante. Na criança a fimose pode causar dificuldade para fazer xixi, podendo acarretar infecções urinárias e, muitas vezes, a dificuldade de higienização pode ocasionar inflamações repetiti-vas na glande.

Na ausência de indicações médicas para tratar ou prevenir proces- sos infecciosos e inflamatórios, pode-se aguardar até os 2 – 3 anos de idade para definir a necessidade de tratamento que poderá ser clínico, com uso de pomada, ou cirúrgico, a chamada circuncisão ou postectomia, que nada mais é que a retirada do excesso de pele.

As vantagens da além da melhor higienizacão, diminuir a recorrên- cia de balanites (inflamações na glande) e quando realizada na infância parece reduzir a probabilidade de adquirir doenças sexualmente trans- missíveis, diminui a recorrência de balanites (inflamações na glande).

Sobre a Cirurgia
O procedimento de postectomia pode ser realizado através da ci- rurgia clássica onde se incissa a pele excedente e sutura-se a pele nova- mente, ou com o uso de um dispositivo plástico, chamado plastibel. Em qualquer um dos procedimentos a criança será submetida a anestesia geral inalatória. Comumente, associamos anestesico local com o objetivo de di- minuir a oferta do anestésico inalatório e melhor analgesia pós-operatória de imediato.

Aspectos após a cirurgia
Geralmente a criança recebe alta hospitalar 24 horas após o proce- dimento. O curativo é retirado na alta hospitalar. A dor no pós-operatório costuma ser de pouca intensidade e facilmente aliviada com analgésico oral.

Muitas vezes, a criança poderá apresentar uma sensibilidade temporária na glande, agora não mais recoberta, que cede após a primeira se- mana.

As complicacões como em qualquer ato cirurgico podem acontecer, sendo as mais comuns; sangramento no local da cirurgia, infecção de ferida, deiscência de pontos, formação de hematoma.
Fonte: Dr. Eulalio Damazio

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